Os deputados do PS, Mariana Vieira da Silva, João Paulo Correia e Nelson Brito reuniram-se, ontem à tarde, com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Com esta reunião os parlamentares socialistas pretenderam obter mais informações sobre as dificuldades que têm levado aos constantes encerramentos nas urgências do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.
Mariana Vieira da Silva referiu que “o PS tem feito um conjunto de reuniões em diferentes hospitais do país que têm revelado, ao longo deste verão, condicionamentos ou encerramentos das suas urgências”.
A deputada explicou que “o objetivo desta reunião passou por perceber o que é que mudou para estarmos a ter um verão que, de acordo com todos os indicadores, é pior que o verão anterior e que de forma é essa deterioração na situação se relaciona com aquilo que foi desmontado do ponto de vista da resposta, nomeadamente, da direção executiva nos últimos meses”.
“A reunião foi muito importante” disse, destacando “o papel que o Conselho de Administração da ULSBA tem tido de um grande esforço no dia-a-dia sucessivamente ir superando os problemas que aparecem”.
“A preocupação do PS é que a resposta não deve ser exigida, apenas, aos Conselhos de Administração”, salientou a parlamentar.
Na opinião dos socialistas “deve existir uma resposta transversal em todo o país para deixar os hospitais menos sozinhos perante um problema que sabemos que é real, da dificuldade em ter recursos humanos, especialmente, nos períodos de verão”.
Nesse sentido, “o PS fez mais esta reunião na procura de soluções e para procurarmos contribuir para a melhoria dos problemas do SNS” que são do ponto de vista dos socialistas “sempre de investir mais no SNS e não de pensar em contratualizações com o sector privado”.
“Aquilo que temos reafirmado e que nesta região também se confirma é que o papel que a Direção Executiva que estava a fazer na organização semanal de verão é hoje menor” e tem deteriorado o SNS, nomeadamente, na “retenção dos profissionais de saúde”.
Mariana Vieira da Silva disse que “estava em curso uma reforma de reorganização do SNS. É tempo do Governo reconhecer que desfez algo que estava bem feito” ao ser retirada autonomia à Direção Executiva do SNS criada pelo anterior Governo socialista”.
A parlamentar considera que ao ser retirada “capacidade de trabalho” à Direção Executiva que fazia, regularmente a reorganização das escalas ajudando os hospitais que tinham carências de profissionais a encontrar alternativas para se manterem abertos”, contribui para o encerramento de mais de 40% de urgências, nas últimas semanas.