No momento em que gravo esta crónica, chove em Beja. Não sei se durará muito tempo mas neste momento chove.
A falta de água em Portugal é cíclica e cada vez mais amiúde assistimos a invernos secos, seguidos de verões muito quentes, secos e prolongados.
A possibilidade de aproveitar cada gota da água e o seu armazenamento para posterior utilização, seja para consumo humano, na agricultura e pecuária ou na indústria, é vital.
Desde que existe o grande lago de Alqueva, deixámos em Beja, de sentir directamente o efeito da escassez de água nas nossas torneiras e os campos de regadio, que nos circundam, estão verdejantes todo do ano.
Mas não é assim em todo o país, nem em todo o nosso distrito. Há ainda povoações que não estão ligadas à rede de distribuição, e como tal dependem de captações, de aquíferos subterrâneos que cada vez mais frequentemente esgotam, obrigando assim ao transporte de água em autotanques, para abastecimento publico.
Isto passa-se em várias localidades do nosso distrito.
Há dias uma reportagem num canal nacional abordou essa mesma situação no
Espírito Santo, concelho de Mértola. Sem água a aldeia estava a receber água em autotanques para o seu reservatório.
Paralelamente foi lançado um estudo de viabilidade pelas Aguas do Algarve
que pretende ,vir buscar água ao Guadiana logo a montante do Pomarão, para abastecer a barragem de Odeleite. Que saiba não há da parte da Câmara de Mértola, ou qualquer outra entidade publica do nosso distrito nenhuma acção de modo a que esse projeto venha a permitir, que esta e outras povoações daquele território possam vir a beneficiar do acesso a este bem vital que é a agua.
Quo vadis Portugal
Lá fora a chuva continua a cair
Manuel Felício
Agente de Seguros e Social Democrata