Manuel Felicio : O estado da Nação

Devo confessar que sempre que faço estes artigos de opinião, os mesmos são feitos, no final do dia de trabalho no limite de os enviar para a Rádio Pax. Hoje não é excepção à regra.

Falar do quê?

Do caos na saúde?

De acordo com a Pordata em 2011 havia 17423 médicos e 31517 enfermeiros (entre outros profissionais de saúde nos hospitais do SNS)

em 2020 de acordo com a mesma base de dados haviam 24858 médicos e 39913 enfermeiros.

A este aumento do número de profissionais não correspondeu uma maior qualidade de serviço.

No final de abril, cerca de 1 300 000 portugueses continuam sem médico de família, um número superior ao de 2015, altura em que o PS chegou ao Governo.

Neste mesmo período Portugal perdeu população.

 O governo despeja milhões no SNS, mas a situação não melhora, será má gestão?

Ainda se lembram da promessa do atual primeiro ministro de que todos os portugueses iriam ter um médico e um enfermeiro de família, declaração expressa em, 2015 e reiterada em 2017 e 2019.

  Na administração interna continua a novela do Siresp, desta vez são mais 105 000,00€ , estes ”da bazuca” que vão ser gastos no infame sistema de comunicações.

 Espero bem que a meteorologia nos ajude neste verão que agora começou

e que não venham, a haver vitimas humanas nos incêndios que possam vir a ocorrer.

Nas forças armadas ouvimos à atrasado “Generais “ a defenderem a contratação de estrangeiros, isto depois de se ter acabado com o SMO

factor agregador e identitário da nossa pertença a uma nação.

Olhem à vossa volta para o estado de degradação a que chegaram as instalações militares desde o fim do SMO.

Quem não se lembra de Tancos “no limite não houve roubo” .

Na Justiça, acumulam-se processos, anos de litigância, recursos atrás de recursos sem fim à vista

Lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, peculato, fraude fiscal, é os termos mais ouvidos.

Condenações…

Há neste momento em vigor 318 subvenções vitalícias a políticos que nos custam meio milhão de euros por mês…

Dariam para pagar o atual salário mínimo a 8 510 portugueses.

Semana laboral de 4 dias??

E o aumento da produtividade essencial para  que tal possa sequer ser equacionado?? Quando aconteceu?!

 Cenoura para cavalos correrem.

Desde a nossa entrada na União Europeia temos sido sucessivamente ultrapassados por países ditos ( à data) mais atrasados do que nós e atualmente na união europeia já estão à nossa frente países como a Hungria, Polónia, Estónia, Lituânia, Chipre, e corremos o risco de sermos ultrapassados pela Roménia muito em breve.

A governação reactiva, sem planeamento, ao sabor da maré deste governo, leva-nos inexoravelmente por um caminho de retrocesso e degradação de condições económicas e sociais, cuja factura vai ser paga, não pelos políticos que para lá nos levam, mas por quem trabalha e paga os impostos que mantém este carrossel a girar.

Manuel Felício

Agente de seguros e Social Democrata