Jorge Santos escreveu uma carta aberta aos utentes do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo a anunciar o “reinício de funções, a curto prazo, como Médico de Família da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados”.
O profissional, antigo director do Centro de Saúde daquela vila, admite que “contrariamente ao que seria de esperar”, volta ao serviço com “uma profunda amargura e grande apreensão” pois não se sente “nem física nem psicologicamente capaz de desempenhar as funções com a competência e a qualidade de prestação de cuidados médicos” a que habituou os utentes.
O médico esclarece que só regressa ao trabalho “por exigência Caixa Geral de Aposentações que indeferiu, com base no Parecer da sua Junta Médica”, o seu pedido de aposentação.
Com 65 anos de idade e mais de 43 de serviço, a que se juntam os problemas de saúde, o médico confessa que acreditava que o meu pedido de aposentação teria um desfecho diferente.
No final da carta aberta, Jorge Santos informa os utentes que “descarta qualquer responsabilidade por danos que, obviamente de forma involuntária, vos possa causar”.