Filipe Alves, o militar da Força Aérea Portuguesa (FAP), de 32 anos, que atropelou mortalmente um ciclista na estrada da Base Aérea (BA) nº 11, em Beja, foi acusado pelo Ministério Publico de três crimes.
Segundo o despacho a que a Rádio Pax teve acesso, o arguido vai responder por um crime de homicídio por negligencia, um crime de condução perigosa e um crime de omissão de auxílio.
A vítima tinha 52 anos, residia em Beja e deixou um filho menor.
Jorge Martinho seguia de bicicleta, ao final da tarde de sexta-feira, do dia 29 de Junho de 2018, na Estrada Militar que faz a ligação da BA à cidade de Beja, via IP2.
O militar conduzia uma viatura civil, um BMW, e chocou com a traseira da bicicleta. O corpo de Jorge Martinho foi projetado cerca de 50 metros. O alerta foi dado às 18h55.
O primeiro-sargento da FAP acusou uma taxa-crime de 1,7 gramas de álcool por litro de sangue.
O despacho do MP destaca o facto de Filipe Alves, “ao abandonar o local do acidente que provocou, o arguido sabia que nele ficava o ofendido no qual embatera e que o mesmo carecia de auxílio uma vez que estava ferido. Não obstante, (…) ausentou-se do local do embate, em fuga, sem qualquer justificação, e sem prestar qualquer auxílio ao ofendido”.
O militar incorre numa pena de prisão superior a 5 anos. No entanto, face a ausência de antecedentes criminais, dificilmente lhe será aplicada essa pena.