“O engano continua”. O Orçamento de Estado para 2019 “deixa de fora investimentos estruturantes para o desenvolvimento regional”, diz o PCP.
João Dias, deputado do Partido Comunista Português eleito por Beja, frisou ontem, em conferência de imprensa, que o Orçamento, por intervenção do PCP, tem aspectos positivos como a gratuitidade dos manuais escolares, o aumento extraordinário das pensões, avanços no abono de família, a redução das propinas, a redução no IVA da Cultura, a redução do número de alunos por turma e a eliminação do pagamento especial por conta para os pequenos e médios empresários.
Contudo, no entender do PCP, “no que respeita às necessidades da região, não se pode ocultar que, esta Legislatura, não trouxe a resposta necessária a um conjunto significativo de investimentos indispensáveis ao desenvolvimento regional e o Orçamento de Estado para 2019, por iniciativa do Governo e do PS, também não o fez (…)”.
Ainda assim, o PCP frisa que na especialidade foi possível introduzir melhorias, nomeadamente, no que respeita à electrificação da linha férrea Casa Branca -Beja e o alargamento das instalações do Hospital de Beja.
O PCP receia que estas propostas, na forma como estão inscritas no Orçamento de Estado, possam não “passar de intenções”.
O deputado do PCP eleito por Beja assegurou que apresentou ou esteve envolvido num total de 43 propostas de alteração do Orçamento de Estado na especialidade, tendo apenas sete sido aprovadas.
João Dias não poupou críticas a Pedro do Carmo. O parlamentar afirmou que “é escandalosa a postura e o aproveitamento que o deputado do PS, Pedro do Carmo, fez das propostas apresentadas e aprovadas por diversos Grupos Parlamentares”.
O deputado do PS deveria “assumir o que não faz”, à semelhança da deputada do PSD, pois não apresentou qualquer proposta de alteração, adiantou João Dias.
O voto favorável do PS nalgumas das medidas para a região “não foi decisivo” na aprovação das mesmas conforme disse Pedro do Carmo, realçou João Dias.
João Dias lamentou ainda a postura de Pedro do Carmo ao votar contra a proposta de alargamento do regime de aposentação aos trabalhadores das lavarias e vir depois a público dizer que esta é uma medida importante para os trabalhadores.