Opinião: Aníbal Costa

Fui recentemente convidado pelo Instituto Politécnico de Beja a integrar o Conselho Geral daquela instituição de Ensino Superior do Baixo Alentejo.

Com muita honra aceitei, procurando simbolicamente também, que isso signifique um maior envolvimento na vida da região, com tudo o que o Politécnico poderá desenvolver e pela importância em se criarem novas e importantes dinâmicas de afirmação da própria entidade.

Como é do conhecimento público, sempre fui ativo defensor dos chamados projetos estruturantes de desenvolvimento regional (Alqueva, Auto-Estrada, Aeroporto) não me limitando apenas às MERAS palavras, mas procurando, de acordo com as minhas possibilidades, de passar aos atos e demonstrar as virtudes e efetiva necessidade em concretizarem-se, por forma a que pudéssemos TODOS beneficiar deles e consequentemente que alargássemos o nosso espetro de importância a nível nacional.

Não foi um caminho fácil, nem tão pouco consensual.

Aliás, quando se avança para iniciativas fortes de reivindicação, devemos sempre contar à partida com grandes obstáculos e dificuldades, que não devem, claro, de impedir o nosso OBJETIVO, antes nos devem fortalecer e motivar ainda mais!

Não obstante isto, é também importante dizer que REINVIDICAR só pelo facto de demonstrar descontentamento ou assumir um “modo mais partidário” de ver as coisas tem pouca importância e ainda menos efeito…

No Baixo Alentejo, em muitos casos, a “política de constante contestação” e “permanente exigência” não tem conseguido obter o que queremos e temos direito!

No futuro, esperemos que próximo, iremos, grande parte, perceber que só “consensos alargados” inter-partidários e de amplo âmbito social, produzirão os efeitos pretendidos.

Uma região não é forte se meia-dúzia protestarem, por mais justo e necessário que seja essa razão.

Só com um CONSENSO de Médio-Prazo, envolvendo todas as entidades mais relevantes da região, conseguiremos obter uma vitória no que ao Baixo Alentejo diz respeito.

Não tenho dúvida que esse tempo, nalguma altura chegará, não será seguramente em 2021, mas cada vez mais digo e penso que NÃO PODEMOS estar todos de costas viradas durante muito tempo e esperar que mudem Governos ou Protagonistas.

É necessária uma união de propósitos e conjugação de esforços.

Tudo o resto terá um resultado dececionante e contrário aos interesses do nosso território e da nossa, cada vez mais, diminuta população.

E isso…já começa a ser demasiado PESADO para todos!

Que 2021 seja MELHOR!

Aníbal Costa

Vice Presidente da CCDRA