A cultura , os agentes culturais e os artistas, vivem dias de incerteza, á semelhanças do resto da população portuguesa e mundial. A área da cultura tem especificidades que importam salientar, é um sector frágil, de grande instabilidade e de demasiada precariedade. Depois deste quase três meses sem actividade, foram poucos os apoios que surgiram para combater esta difícil situação em que os artistas se encontram, o Ministério da cultura reagiu tarde, mas com medidas com algum impacto, mas só para os criadores que mantêm uma relação com a Dgartes, que como sabemos e infelizmente é uma minoria… O Município de Beja se no primeiro confinamento geral do pais , levou meses a reagir e mal, lançando um programa de apoio que esgotou o plafon em dias, o que provou que a procura era muito superior a oferta municipal, neste segundo confinamento geral, mantém um silencio que é confrangedor, nem uma medida, nem uma palavra, apenas e só silencio. É urgente que o Município lance um programa de aquisição de espectáculos e com pagamento antecipado, não queremos subsídios, queremos trabalho, ainda que com pagamento antecipado… é urgente!!!
Este não é o tempo de reflectir ou estar com preocupações de carácter artístico, é tempo de agir e rápido, para atenuar as péssimas condições em que os artistas estão a viver… neste caso o Município de Beja já vai tarde, mas como diz o outro, antes tarde que nunca.
António Revez
Ator