A pouco mais de 6 meses do início da campanha para as eleições Autárquicas, venho por aqui assinalar a importância das mesmas pelos desafios que se nos colocam. A recuperação da Pandemia passa por enfrentar gigantescos desafios nas áreas Sociais e Económicas, iniciando-se um ciclo de transformação das nossas Instituições, Infraestruturas e Empresas de forma a integrar-nos na nova normalidade, pois segundo todos os especialistas das mais variadas especialidades nada deverá ficar na mesma a curto, médio e longo prazo, necessitando de um planeamento que antecipe os problemas e a suas soluções. A forma como olhamos para a nossa Saúde, como cuidamos dos nossos mais velhos e como educamos os mais jovens terão de ser repensadas, tudo isto em simultâneo com a recuperação do nosso tecido económico.
De facto colocam-se-nos grandes desafios e tenho a profunda convicção de que só se alcançarão de forma satisfatória com a Educação/Formação dos nossos Recursos Humanos, oportunidade única para aquela, que sempre considerei, como uma das mais importantes Indústrias, e oportunidades de negócio para a nossa Região, que é a Educação, emblematicamente representada pelo Instituto Politécnico de Beja.
Teremos as oportunidades na adaptação às novas necessidades na Saúde com a Escola Superior de Enfermagem a qualificar profissionais que respondam às novas exigências de Hospitais, Centros de Saúde, Lares e outros locais de acolhimento de populações carenciadas. Na Educação com a Escola Superior da mesma a dotar os Professores e os Auxiliares de Educação das ferramentas que lhes permitam melhorar o processo educativo em todas as suas vertentes, quer no ensino presencial ou à distância. Para a ESTIG – Escola Superior de Tecnologia e Gestão, cabem as áreas do Turismo e de colaborar num dos nossos maiores desígnios, fazer a Era Digital chegar a todo o Território. E por último aquela que me é mais cara, pela minha formação, a Escola Superior Agrária, a quem caberá a hercúlea tarefa de formar os actuais e futuros profissionais dos Sectores Agricultura, Pecuária, Silvicultura bem como de todas as Indústrias associadas e dotá-los das valências que os prepare para produzir mais e melhor com a responsabilidade Social, Económica e Ambiental adequada a estes tempos tão peculiares.
Existem vastas áreas de colaboração entre as diversas Escolas, o tecido empresarial, as instituições públicas e privadas e os Cidadãos, abandonando cada um as suas capelinhas e partilhando os problemas e as soluções de forma a tornar mais agradável a vida dos Baixo Alentejanos, dos Portugueses, dos nossos parceiros Europeus e já agora dos cidadãos de todo o Mundo que nos procuram para trabalhar ou em lazer.
Isto sem descurar a resolução das assimetrias que atingem o “outro” ensino desde a pré primária até ao superior que infelizmente tão mal tratado tem sido e tantos contrastes manifesta, promovendo as tais desigualdades que todos desejam eliminar, sempre nivelando por cima, com rigor, exigência e trabalho.
Infelizmente acho mais fácil combater o COVID que a ignorância, sendo os estragos provocados pela segunda muito mais devastadores e duradouros.
Luis D’Argent
Engenheiro Agrónomo