Está a acontecer.
Durante muitos anos depositámos expetativas sempre adiadas da fixação de empresas no aeroporto. Neste momento por via da HiFly está a acontecer; Não é uma expetativa.
Durante muitos anos depositámos expetativas sempre adiadas da fixação de fábricas do setor transformador do ramo agro-alimentar. Neste momento por via da FairFruit está a acontecer; Não é uma expetativa.
Durante muitos anos depositámos expetativas sempre adiadas da fixação de pequenas e médias indústrias capazes de fixar pessoas ao território e de romper com este espírito fatalista de que Beja dificilmente poderia ser um polo de fixação de alguma indústria. Neste momento por via da Fábrica de Cervejas de Beja, a avançar ainda este ano, vai acontecer; Não é uma expetativa.
Estes três exemplos são demonstrativos, em setores e atividades diferentes, das oportunidades que o território oferece mesmo em tempo de pandemia que esperamos ultrapassar este ano.
A par destes exemplos, de dimensão maior do setor secundário, aquele que nos falta para segurar mais pessoas e criar postos de trabalho em maior volume no concelho, saliente-se o esforço de muitos empresários já há muito estabelecidos no concelho que com as pequenas e médias empresas que gerem, são os verdadeiros criadores de riqueza do concelho. Muitos deles têm renovado stands, armazéns e estabelecimentos também durante este período particularmente exigente que atravessamos.
Significa isto que em Beja as coisas estão a acontecer também nos setores económicos que sempre ambicionámos, mas que foram sendo sistematicamente adiados. Hoje não são expetativas. São realidades.
A região conheceu ao longo da última década, sobretudo nos setores da agricultura e do turismo uma importante transformação de um território que se ia desertificando, perdendo-se com essa desertificação progressivamente a esperança.Agora essa chama de esperança voltou a renascer e ganha corpo a cada dia.Os motivos para que estejamos otimistas são muitos e expressos no interesse crescente de agentes vários que optam por Beja, capital do Baixo-Alentejo, para aqui desenvolverem os seus negócios.
Da nossa parte, para além de podermos ajudar na instalação de negócios, sobretudo nos considerados mais estratégicos para o território, manter-nos-emos empenhados de forma determinada na resolução do problema das acessibilidades rodoviária e ferroviária à região, fazendo com que o que está inscrito no Plano Nacional de Investimentos 2030 se concretize com os meios financeiros que o Quadro Comunitário disponibiliza para o efeito, permitindo suprir em definitivo essa lacuna que a região ainda tem.
Paulo Arsénio
Presidente do Município de Beja