Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, em entrevista à Rádio Pax, tendo em vista as Autárquicas de 2025 disse não ter, ainda, decidido se avançará para um terceiro e último mandato.
Ao longo dos últimos sete anos, Paulo Arsénio explicou que o trabalho que tem sido feito se tem baseado no lema lançado quando concorria à presidência da autarquia pela primeira vez, em 2017: “Recuperar, Valorizar e Promover”.
As obras da Piscina Municipal Descoberta e do Mercado Municipal de Beja foram os seus maiores desafios e são as intervenções que destacou como mais importantes.
Contudo, o autarca socialista citou outras intervenções e iniciativas que considera, também, muito relevantes, mas que não têm tanta visibilidade, tais como, o apoio dado aos Bombeiros Voluntários de Beja. Paulo Arsénio salientou que a corporação vivia uma situação “de grande dificuldade”.
O aumento financeiro das transferências para as freguesias em cerca 34%, os mais de mil beneficiários abrangidos pela tarifa social da água, o cartão municipal sénior que chega a mais de mil agregados do concelho e uma situação equilibrada das contas da autarquia foram alguns exemplos apontados por Paulo Arsénio do trabalho feito.
Além disso, o presidente do município anunciou que está a ser preparada a assinatura de um protocolo com a Federação Portuguesa de Futebol para a obra de requalificação do estádio Flávio dos Santos.
Quanto às críticas feitas pelos vereadores da oposição relativamente à falta de limpeza urbana, Paulo Arsénio disse que o serviço foi reforçado, atribuindo alguma falha “ao comportamento cívico”.
Paulo Arsénio afirmou que, apesar da situação de tesouraria ser positiva e de “não haver dívida para executivos posteriores”, os 11 milhões de euros avançados pela oposição como o montante “em cofre” do município, “é absolutamente errado”.
Explicou que parte das verbas da tesouraria, cerca de 3 milhões de euros, estão comprometidas, nomeadamente, com adiantamentos da Estratégia Local de Habitação, com a Zona de Acolhimento de 5ªGeração, entres outros projetos.
“A oposição tem falado sempre num grande facilitismo. A oposição resolve tudo de uma forma: baixando impostos e distribuindo benesses por tudo e por todos. Foi essa situação que conduziu ao caos financeiro da Câmara de Beja”, em 2009, “quando chegou Pulido Valente que, de facto, não tinha dinheiro para um prego”, lembrou Paulo Arsénio.
Questionado se avançará para um terceiro mandato à frente da Câmara de Beja, Paulo Arsénio referiu que “é uma decisão” que tomará “em tempo oportuno”.
Sublinhando que “não está agarrado ao lugar” e apontando a decisão para 2025, adiantou, contudo, que é “o candidato mais natural”.
Frisou que, nestes sete anos que passaram, desde que foi eleito presidente da autarquia, em outubro de 2017, “não tem rigorosamente nada” que o envergonhe.