O Grupo Parlamentar do PCP apresentou um projeto de lei que visa a proteção, promoção e valorização do barranquenho e da sua identidade cultural.
O projeto lei apresentado, também, pelo deputado do PCP eleito por Beja, João Dias, pretende “reconhecer o barranquenho e estabelecer medidas para a proteção, promoção e valorização dessa língua e da cultura que a enforma”.
Os comunistas querem que o barranquenho seja lecionado nas escolas, “em articulação com a autarquia local e o agrupamento de escolas, em termos a regulamentar pelo Ministério da Educação”.
Além disso com a presente lei, o PCP pretende que “o Estado Português reconheça a função da língua barranquenha, enquanto património cultural imaterial na sociedade portuguesa, em geral, e da comunidade barranquenha, em particular”, e apoie “a criação e promoção de programas específicos”, nomeadamente, “a criação de Centro de Documentação e de Estudo do Barranquenho”.
O Partido Comunista Português pretende, igualmente, que “as instituições públicas localizadas ou sediadas no concelho de Barrancos, possam emitir os seus documentos acompanhados de uma versão em barranquenho”.
O PCP pretende, ainda, que “seja reconhecido o direito a apoio científico e educativo, tendo em vista a investigação, bem como a formação de professores de barranquenho e da cultura local, nos termos a regulamentar”.
“Reconhecendo-se a importância do dialeto barranquenho como fator de identidade e especificidade do povo de Barrancos, e principal gerador da diversidade cultural no seio da República Portuguesa, assume a responsabilidade de valorizar a sua função, de apoiar medidas que preservem a sua natureza, com intervenções adequadas junto dos mais jovens, e numa perspectiva inter-geracional, por forma a que não se perca este importante acervo linguístico, também, enriquecedor da identidade nacional”, lê-se no comunicado enviado às redações.
O PCP valoriza, ainda, “o importante trabalho desenvolvido pelo Município de Barrancos, cuja ação, ao longo dos tempos, foi relevante para o reconhecimento da importância deste elemento essencial da cultura”.