O PCP critica a “total ausência de vontade política” para a “utilização” do Aeroporto de Beja e recomendou ao Governo que mobilize “os recursos financeiros necessários” para valorizar a infraestrutura, nomeadamente, os fundos provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O PCP recomenda ao Governo que valorize o Aeroporto de Beja, no âmbito da estrutura aeroportuário nacional, “aproveitando todos os seus recursos e potencialidades” e que “mobilize os recursos financeiros necessários” para o conseguir.
Segundo João Dias, deputado do PCP eleito por Beja, estas verbas podem ser provenientes do aproveitamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), do novo Quadro Financeiro Plurianual ou, através, da utilização de verbas do Orçamento do Estado.
Para o deputado comunista “o Aeroporto de Beja não deve ser visto como um problema, mas sim como parte da solução”.
João Dias e os outros nove deputados do grupo parlamentar do PCP subscrevem um projeto de resolução sobre a necessidade de aproveitamento do Aeroporto de Beja “nas suas diversas dimensões e potencialidades”, já entregue na Assembleia da República.
O projeto de resolução sugere, também, a criação de “uma intermodalidade de serviços e transportes” que conjugue “as valências rodoviária, ferroviária e aérea”, contemplando a modernização e eletrificação da ferrovia e a conclusão da construção do Itinerário Principal (IP) 8.
O aeroporto de Beja “tem condições excecionais”, mas “o que na verdade impede” que seja aproveitado “é a total ausência de vontade política para a sua utilização”, criticam os deputados comunistas.
A este fator, diz João Dias, “não é alheio o processo que, entretanto, decorreu de privatização da ANA que entregou nas mãos da multinacional francesa Vinci Airports a gestão da rede de aeroportos, com base nos critérios do lucro e não do desenvolvimento do país e do território”.
Rádio Pax/Lusa