Insensível à realidade concreta da vida das pessoas e dos territórios, em especial dos que são rurais, a Frente Nacional Proibicionista prossegue o seu esforço de impor aos outros soluções sem equilíbrio, sentido ou alternativa.
Quando nos devemos focar no essencial, que não se resolve com oportunismos ou com soluções mágicas sem nexo com as disponibilidades financeiras do país, há quem persista em querer proibir.
Dizem que são as alterações climáticas.
Que são as novas tendências e pensamentos sobre a vida individual e comunitárias.
Que é tudo e um par de botas, para proibir as tradições, as vivências rurais, os nossos equilíbrios e as soluções que foram criadas.
Tudo é pretexto para proibir.
Depois da irrelevância rural aos olhos urbanos, o país descobriu o Interior, agora é a tentação proibicionista.
É preciso respeitar a diferença e a diversidade.
É preciso fazer o que ainda não foi feito e garantir, no mínimo o básico, para quem nasce, estuda e vive no Interior Rural.
Deixem a caça e as touradas em paz que elas são muito importantes para o Mundo Rural e para a economia local de muitos territórios, para além de serem parte da identidade dessas comunidades.
É preciso manter a vigilância face à Frente Nacional Proibicionista, que nada propõe para resolver os problemas de sempre ou os desafios do presente do Mundo Rural, mas tudo quer abocanhar e proibir.
Eles não param, ainda há pouco no Orçamento, tentaram de novo atacar a caça. Sem gritaria, mas com eficácia, o intento foi inviabilizado, mas voltarão à carga.
Não pode haver nenhum proibicionismo que ponha em causa as vivências do Mundo Rural, sem alternativas aceites imediatas.
Ajustar não é proibir.
E isto aplica-se a tudo, da saúde à agricultura, da educação à economia.
Imagine-se que agora, o Mundo Rural começava a querer proibir realidades urbanas ou fazer propostas sem sentido. Por exemplo, propor um Medronhal no Terreiro do Paço ou um Alfeite no Marquês de Pombal.
Haja senso e equilíbrio, foco no que importa, com respeito pela diversidade do Mundo Rural, com mais trabalho de construção de soluções do que gritaria inconsequente.
Estamos e estaremos para dar voz a essa realidade e fazer frente aos proibicionistas. Como sempre pelo Baixo Alentejo.
Pedro do Carmo
Deputado