Os esforços desenvolvidos entre Portugal e Espanha, com vista à conservação da águia-imperial-ibérica estão a contribuir para a recuperação da única espécie de ave de rapina nativa nos dois territórios.
O estudo feito em Portugal aponta para um aumento de 60% da população ao longo dos últimos anos. No total, registaram-se 21 casais reprodutores e duas dezenas de crias voadoras.
Ainda assim, a mortalidade continua a aumentar. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revela que uma das principais causas que originam este fenómeno é a “eletrocussão e uso ilegal de venenos, bem como um aumento da perseguição direta a esta espécie. Regista-se também a preocupação com o desenvolvimento de infraestruturas energéticas que possam afetar negativamente o seu habitat”.
Há cerca de cinco anos, a Estratégia de Conservação da espécie em Portugal e Espanha foi aprovada.
Os dados da década de 80 indicam que a Águia-imperial-ibérica “deixou de nidificar em Portugal, tendo sido considerada extinta enquanto espécie reprodutora”. A mesma fonte revela que “a presença de um casal com ninho, no Parque Natural do Tejo Internacional registou-se em 2003, e no Alentejo, em 2006”.