Um grupo de cidadãos e moradores da aldeia das Fortes, concelho de Ferreira do Alentejo, apresenta hoje queixas no Ministério Público. Em causa está o alegado foco de poluição causado por uma unidade de transformação de bagaço de azeitona.
De acordo com um comunicado emitido pela Plataforma Problema Ambiental das Fortes, “desde a laboração da fábrica de bagaço de azeitona em 2009 que a população das Fortes e limítrofe começou a sentir maus cheiros e a sentir fumos impregnados de substâncias gordurosas e de partículas”.
A população diz que é obrigada a “conviver com uma neblina branca e castanha que se espalha na atmosfera, projectando-se a mais de trinta quilómetros”.
Neste momento existem relatos de pessoas com problemas respiratórios, inflamações nos olhos e ardor na garganta.
As entidades competentes referem que as emissões provenientes da Fábrica “se encontram dentro dos parâmetros previstos na lei”, algo que não convence a população.
Fátima Mourão, da Plataforma Problema Ambiental das Fortes, afirma que a população não consegue viver com os fumos que espalham uma “matéria gordurosa e preta” pela localidade. A Plataforma defende a realização de mais análises e a adequação das leis ambientais à nova realidade provocada pela expansão do olival.