Ana Paula Baltazar, presidente da Assembleia Municipal de Castro Verde, eleita pela CDU, apresentou, na última sessão extraordinária da Assembleia, na passada terça-feira, a sua renúncia ao cargo e ao mandato de vogal.
Em causa está uma queixa no Tribunal Fiscal e Administrativo de Beja, apresentada a 26 de junho pelo então vogal do PS Leandro Gonçalves, ao que tudo indica invocando a sua inelegibilidade, “uma vez que em 2017, data das últimas eleições Autárquicas, se encontrava na condição de insolvente”.
Em comunicado enviado às redações, a CDU de Castro Verde esclarece que, “durante o processo de candidatura, a entidade competente para fiscalizar a regularidade da candidatura, não detetou a irregularidade, tendo confirmado a legalidade da mesma”.
Também o PS de Castro Verde já se manifestou e “considera lamentável que a CDU, durante quase três anos, tenha sustentado e permitido a situação completamente ilegal da presidência da Mesa da Assembleia Municipal”, uma vez que “sabia, desde o início deste mandato, que a presidente não podia exercer qualquer cargo autárquico por ser inelegível”.
“No entanto, a CDU e os seus principais dirigentes, que sempre se assumem como ‘donos exclusivos da transparência e da honestidade’, promoveram em Castro Verde uma situação de total ilegalidade”, refere o PS.