A produção de Vinho de Talha, processo de vinificação natural que remonta à época romana, encontra-se em consulta pública no Inventário do Património Cultural Imaterial, de acordo com o documento que está agora publicado em Diário da República.
De acordo com a informação disponível no site do Inventário, a produção é vista “como uma prática de natureza pré-industrial, integrada no conjunto dos saberes tradicionais de processos de transformação de recursos vitícolas característicos das comunidades vinhateiras”, sendo que “este método de produção de vinho responde a uma geografia histórica e cultural que, até meados do século XX, envolvia todo o Alentejo”.
Na região, onde são produzidos, aproximadamente, 106 milhões de litros de vinho todos os anos, através de tecnologia moderna, os vinhos de talha têm conseguido resistir à ameaça da extinção.
“O vinho de talha, vinho do pote, vinho do tareco (pequeno pote) é a designação dada ao vinho que resulta dos mostos fermentados e ‘cozidos’ em vasilhas de barro”, revela a mesma fonte.