O reforço do conhecimento, visibilidade e valorização das 12 reservas da biosfera da UNESCO em Portugal é o objetivo do projeto que arrancou esta semana em Castro Verde, num investimento próximo dos dois milhões de euros.
O projeto “Reservas da Biosfera: Territórios Sustentáveis, Comunidades Resilientes” é promovido pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática e coordenado pela Quartenaire Portugal, tendo a duração de 30 meses.
A iniciativa, que representa um investimento de “cerca de dois milhões de euros”, é financiada pelo EEA Grants (mecanismo financeiro apoiado pelo Liechtenstein, Islândia e Noruega), disse o coordenador técnico-científico do projeto, o biólogo António Abreu.
Além da de Castro Verde, onde arrancou, o projeto abrange as reservas portuguesas do Paul do Boquilobo (Golegã), as das ilhas do Corvo, da Graciosa, das Flores e de Fajãs de São Jorge (Açores), a das Berlengas (Peniche), a de Santana e a de Porto Santo (Madeira).
Estão igualmente incluídas as reservas transfronteiriças do Gerês – Xurés, da Meseta Ibérica e do Tejo/Tajo Internacional (Portugal/Espanha), sendo que a estas 12 ainda se soma a reserva norueguesa de Nordhordland.
Todas fazem parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), criada no âmbito do programa “O Homem e a Biosfera” e que visa classificar áreas territoriais de proteção dos recursos naturais.
As reservas da biosfera são definidas pela UNESCO como “laboratórios vivos”, onde se desenvolvem “como funções principais” a conservação de paisagens, ecossistemas e espécies, e o desenvolvimento sustentável a nível social, económico, cultural e ecológico, indicou António Abreu.
Rádio Pax/ Lusa