Em nota enviada à Rádio Pax, os eleitos socialistas frisam que “na última reunião de Câmara, a maioria comunista insistiu em propor para aprovação procedimentos de adjudicação e de autorização de despesa para acções e iniciativas que já se realizaram, algumas delas em Outubro do ano passado, o que viola claramente a lei, uma vez que a despesa tem que ser previamente aprovada pela Câmara Municipal”.
No mesmo documento, os vereadores do PS vão mais longe e acusam a maioria comunista de adjudicar serviços, antes feitos pelos funcionários da autarquia, “à mesma empresa, coincidentemente, propriedade de um conhecido e manifesto apoiante da candidatura autárquica de João Rocha”.
Os vereadores do PS “estranham” ainda que “as adjudicações sejam feitas a empresas do Norte do país, região de onde é natural o actual Presidente da Câmara de Beja; todas elas têm o mesmo dono; como se não bastasse, tratam-se de empresas que detinham também em Serpa o ‘monopólio’ da prestação do mesmo tipo de serviços durante os mandatos de João Rocha”.
Os eleitos do PS ponderam a “apresentação de queixa formal às entidades da tutela” dado o que dizem ser “as irregularidades e eventuais ilegalidades procedimentais e financeiras praticadas pelo actual executivo PCP/CDU”.
Jorge Pulido Valente, vereador do PS, diz que foi aprovado “um pedido e um contrato de empréstimo bancário num valor claramente acima da capacidade de endividamento do município e do montante disponibilizado pelo rateio anual, a nível nacional”.
A Rádio Pax tentou sem sucesso obter uma reacção da maioria CDU na Câmara de Beja.