Rui Garrido: Criar pontos de contacto com inovação e com conhecimento

A agricultura e o mundo rural mobilizam-se no campo, mas é na cidade que germina a sua capacidade de se interligar e interrelacionar com todos. Uma das grandes expressões do mundo rural é a Ovibeja que, na edição deste ano nos trouxe a gratificação de nos sentirmos todos juntos, superando as expectativas, e a média dos anos anteriores, em relação ao número de visitantes e também de participantes nos colóquios.

Entre outros fatores de inovação e atratividade, o tema da feira “Como Alimentar o Planeta?” revelou-se de uma grande atualidade que, na diversidade de abordagens, trouxe muitos participantes a estes espaços de reflexão e de debate. Além de várias outras entidades responsáveis pela organização de colóquios, entre as quais a ACOS – entidade organizadora  – estiveram presentes vários centros de competências (que aproximam a ciência da produção) representativos dos diferentes setores de atividade agrícola e pecuária do Alentejo.

É de realçar ainda que a Ovibeja é escolhida como palco privilegiado de apresentação de novos produtos e de novos serviços. Este é um processo que revela a importância do setor agrícola, da dinamização do mundo rural, do debate sério e esclarecido.

Podemos dizer que Ovibeja é uma instituição na região. É festa, é tradição, ruralidade, mas é, sobretudo, intervenção cívica. É um evento que, ao reunir as diferentes áreas de atividade da região, diferentes sensibilidades, áreas de formação e de intervenção, deverá ser entendida como uma voz da região. Sem quintais, ou quintinhas. Porque, o mais importante é saber potenciar a atenção suscitada sobre a região.

Não é com saudosismo que se resolve o problema da dinamização do mundo rural. Não é com a criação de muros de distanciamento entre os diferentes setores de atividade. Também não é com feiras de vaidades. É com trabalho. Com união de esforços. Com criação de pontos de contacto. Com inovação e com conhecimento. Onde todos são convidados a dizer presente e a destacar a importância das suas mais-valias.

Rui Garrido

Presidente da ACOS