A FAABA – Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo expressa “grande preocupação” com a situação de seca.
De acordo com a Federação, as culturas de Outono-Inverno já se encontram “gravemente comprometidas” e “as pastagens não existem, o que tem levado os agricultores a recorrerem às reservas de feno e palhas que em muitos casos se encontram praticamente esgotadas”.
Se as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera se concretizarem para as próximas semanas, “as provisões de reservas alimentares para a pecuária serão praticamente nulas”.
Esta situação “tem sido ainda agravada pelos custos dos fatores de produção (rações, combustíveis, sementes, fertilizantes, energia) que sofreram agravamentos extraordinários nos últimos meses, nunca vistos nos tempos mais recentes”, adiantam os agricultores.
As barragens da região, com particular ênfase para as da bacia do Sado, encontram-se a níveis historicamente baixos, “comprometendo seriamente a próxima campanha de regadio”, alerta a FAABA.
Os agricultores querem que o governo “defina medidas de apoio aos sectores mais afetados, que poderão passar por ajudas diretas à pecuária e às culturas de Outono-Inverno”.
No imediato, é também importante a autorização para o pastoreio de pousios, explica Rui Garrido, presidente da Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo.
A Federação defende ainda que outras medidas “deverão ser avaliadas e implementadas para aplicação no médio e longo prazo de modo a contrariar os recorrentes efeitos da seca na nossa região”.