Os deputados do CDS-PP Patrícia Fonseca, Ilda Araújo Novo, Hélder Amaral e Nuno Magalhães querem saber que medidas estão a ser tomadas pelo Governo para garantir a salvaguarda do valor económico e financeiro do setor agrícola nacional, face à greve de camionistas anunciada para o próximo mês.
O CDS quer saber “que medidas é que o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural está a articular com o Ministério do Ambiente e da Transição Energética para adequar a Rede de Emergência de Postos de Abastecimento por forma a que os agricultores tenham prioridade e possam colher e transportar o fruto do seu trabalho e assim assegurar o abastecimento às populações”.
No comunicado enviado às redacções, é ainda questionado se “o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural está a trabalhar em conjunto com os outros ministérios envolvidos no sentido de garantir a salvaguarda do valor económico e financeiro do setor agrícola nacional”, e se o Governo está em condições de garantir que a greve convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas não comprometerá quer as exportações quer a viabilidade de todo um ano de trabalho do setor agrícola”.
No mesmo documento é referido que “o país não pode limitar-se a salvaguardar os interesses de Lisboa e Porto”. O CDS considera que o setor agrícola poderá ser “um dos mais afetados e prejudicados”.
Também a CAP- Confederação dos Agricultores de Portugal já fez um apelo ao Governo “para que atue de forma determinada” para “assegurar a normalidade operacional do setor agrícola”.
De acordo com a CAP “os prejuízos resultantes da concretização desta greve destruirão de forma definitiva dezenas de milhões de euros podendo levar à falência de milhares de agricultores”.
A Confederação salienta que a greve incidirá “num período agrícola particularmente intenso, em plena época de colheitas, (…) de vital importância para milhares de agricultores e suas organizações em todo o País, comprometendo exportações e a viabilidade de todo um ano de trabalho”.
O CDS- PP e a CAP consideram que “ainda há tempo para que o Governo encontre soluções que evitem uma irrecuperável destruição de valor agrícola”.