Arranca hoje a 12.ª edição do Festival Internacional de Teatro do Alentejo — o FITA — que este ano conta com a participação de 17 companhias oriundas de seis países ibero-americanos.
Até 31 de maio, o festival vai passar por nove concelhos dos distritos de Beja, Portalegre e Setúbal. O Chile é o país convidado desta edição. A organização está a cargo da companhia Lendias d’Encantar.
O FITA vai levar ao palco um total de 32 espetáculos, com apresentações em Beja, Aljustrel, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Odemira, Ponte de Sor, Portalegre e Santiago do Cacém.
Mais do que um festival, o FITA é, segundo a organização, “uma celebração da diversidade cultural e da aproximação entre artistas e público”, promovendo o acesso à arte em territórios frequentemente afastados dos grandes centros urbanos.
A cerimónia de abertura acontece esta tarde, às 18 horas, na cafetaria do Teatro Pax Julia, em Beja, e contará com a presença da embaixadora do Chile em Portugal.
Esta noite, o público de Beja poderá assistir a dois espetáculos: às 21h30, sobe ao palco do Teatro Pax Julia “Nadie lee fuego mientras todo se está quemando”, da companhia chilena Teatro Niño Proletario. Mais tarde, às 23 horas, na Galeria do Desassossego, é a vez de “Yo no tengo donde estar”, uma coprodução entre o Chile e a Espanha.
Ainda hoje, em Ferreira do Alentejo, a Casa do Povo recebe, pelas 21h30, a peça “Os Ovos da Serpente”, uma produção luso-brasileira.
O FITA 2025 está oficialmente em cena… e promete espalhar teatro e cultura por todo o Alentejo!
Ao longo dos próximos 10 dias, o Festival Internacional de Teatro do Alentejo — o FITA — vai dar palco a uma programação rica e diversa, com produções nacionais e internacionais a marcar presença em vários concelhos da região.
Do lado português, destaque para as peças “O libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu esplendor”, de André Louro e António Olaio, o clássico “Rei Lear”, pela irreverente Companhia do Chapitô, e ainda “CAIM de José Saramago”, numa encenação da Prólogo Produções.
De Espanha, o público poderá assistir às produções “Sur de leyendas”, da companhia Viento Sur Teatro, e “Tsunami”, de Hernán Gené.
O Brasil também marca presença no FITA com dois espetáculos: “Show Tabuleiro”, de Roberto Brito e Moisés Victório, e “Não é hora de apontar culpados”, com assinatura de Felipe Martinez.
Do Chile, chega a peça “Última esperanza”, da companhia Cuerpo Sur. Já a Colômbia traz “A veces grito”, pelo Mararay Teatro. A Argentina participa com “Gaviota”, de Guillermo Cacace — espetáculo que também integra a programação do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, no norte do país — e as Honduras apresentam “Perdidos en el mar”, da companhia La Casa del Teatro.
O festival conta ainda com várias coproduções internacionais. Entre elas, “Territórios de liberdade”, que junta o Centro Dramático Galego, a Varazim Teatro e os Tanxarina Títeres, numa colaboração entre Portugal e a Galiza. Há também “Nem mais uma”, da cubana Yakelin Morales em parceria com Portugal, e as produções “Amares” e “La mona Simona”, ambas da companhia La Sonrisa del Lagarto, que une Brasil e Espanha.
O FITA continua a afirmar-se como um verdadeiro palco de culturas, linguagens e estéticas, espalhando teatro e diversidade por todo o Alentejo.