O Tribunal de Beja absolveu hoje o condutor suíço que a 21 de Setembro de 2015 embateu numa carroça fazendo 5 vítimas mortais, na EN2, perto de Castro Verde.
O colectivo de juízes concluiu que não houve qualquer tipo de negligência por parte do condutor. O Tribunal considerou que o acidente deveu-se ao facto da carroça circular sem qualquer iluminação numa estrada nacional, ao início da noite, uma hora em quem a visibilidade era reduzida.
O Procurador do Ministério Publico já havia pedido a absolvição do arguido.
Jean Pagnard, de nacionalidade suíça, mas a residir no Algarve, estava indiciado de cinco crimes de homicídio por negligencia e um de ofensa à integridade física negligente.
Nas respostas às perguntas do colectivo de juízes, o homem, de 77 anos, disse que circulava numa reta, “onde passava várias vezes”, quando embateu na traseira da carroça. Levava “os médios ligados porque já era praticamente de noite” e seguia a cerca de 80/85 Km numa estrada onde o limite permitido é de 90 km.
O arguido garante que o veículo de tração animal, puxado por um cavalo, não levava qualquer “sinal refletor”. Ainda tentou evitar o embate “virando à esquerda”, mas não conseguiu.
Na sequência da pancada, os seis passageiros foram projetados da carroça. António Serrano, de 35 anos, ainda foi colhido por um outro carro que seguia atrás do cidadão suíço. Este automobilista não chegou a ser acusado já que o relatório da autópsia indicou que condutor da carroça teve morte imediata resultado da queda.
O acidente provocou a morte de António Serrano, da mulher Barbara de 38 anos e dos filhos Manuel de 10 anos, Tânia de 7 anos e Carlos de dez meses. Beatriz, 14 anos, sobreviveu e foi assistente no processo.