No Baixo Alentejo, segundo dados oficiais existem cerca de 20 mil utentes sem médico de família. Na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (Ulsba) existem 4 mil 393 pessoas sem médico de família. No Litoral Alentejano esses profissionais de saúde estão em falta para 15 mil 089 utentes.
Para já, essas pessoas, “não correm risco de não serem vacinadas”, até porque, “essa questão nem se coloca. O facto de os utentes não terem médico de família não impede que sejam sinalizados para o efeito”, explica conceição Margalha, presidente do conselho de administração da ULSBA.
“A vacinação não vai ser feita por cada enfermeiro de cada médico de família, mas sim por equipas de vacinação que serão determinadas e que irão vacinar todos os utentes de todos os médicos”, refere.
Em seu entender, trata-se de “um trabalho que, neste momento, ainda está a ser planeado”.
“Os utentes sem médico de família não serão excluídos, embora neste momento, ainda é uma incerteza, porque não sabemos quantas vacinas vão chegar, nem como as iremos distribuir”.
Nesta primeira fase estão incluídos “os residentes em lares, de qualquer idade, os funcionários destas instituições, os profissionais de saúde, das forças de segurança e os idosos com comorbilidades severas”.
Outra questão se que levanta, está relacionada com “os doentes que não sejam seguidos nos nossos serviços e não exista registo de patologias nos sistemas informáticos. Nesses casos, os utentes têm de ser sinalizados por um médico que declare que eles têm determinadas patologias e que estão dentro do primeiro grupo de vacinação. Isso pode ser feito através das consultas de recurso”, salienta Conceição Margalha.