A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) integra o restrito leque de instituições que vão desenvolver o projecto-piloto de intervenção diferenciada no luto prolongado.
A comissão de acompanhamento da implementação do modelo de intervenção diferenciada no luto prolongado foi agora constituída. É presidida pelo psiquiatra António Barbosa e vai elaborar o modelo de intervenção, fazer o levantamento dos recursos existentes de apoio ao luto no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e recomendar os critérios de avaliação, prevenção, referenciação e acompanhamento do luto.
De acordo com o despacho que cria a comissão, “as necessidades das pessoas em luto por perdas significativas, de que é exemplo paradigmático a perda de filhos ou de outros familiares próximos, mas, também, de perdas no contexto de catástrofes naturais, impõem que o SNS tenha uma atenção específica para com estas pessoas enlutadas, as quais constituem grupos de risco para o desenvolvimento, em cerca de 10 a 30 % dos casos, de complicações físicas e mentais, representando perda da qualidade de vida para as próprias, para as famílias e para a sociedade”.
A relevância desta questão levou a Organização Mundial da Saúde a considerar a Perturbação de Luto Prolongado na Classificação Internacional de Doenças.