Depois de uma ausência de mais de três meses, eis-me de regresso aos microfones da Rádio Pax. Já lá vão mais de dezassete anos desde que esta colaboração começou. Sinto-me honrado pelo facto da Rádio Pax, na pessoa do seu director António Lúcio, me ter permitido durante este largo período de tempo usar os seus microfones para exprimir a minha opinião sobre aquilo que eu tenho entendido, opinião essa que só a mim responsabiliza. Várias vezes tenho sugerido ao António Lúcio que me dispense desta função de cronista/comentador, mas, lá saber-se porquê, o caro António Lúcio insiste na minha colaboração.
Vou aqui confessar uma coisa: esta ausência minha foi bastante prolongada pois que eu fiz-me esquecido, acalentando a secreta esperança que a Rádio Pax também se esquecesse de mim. Qual o quê! Há coisa de duas semanas recebi um telefonema do senhor director a chamar-me ao serviço a partir do início de Outubro. E eu, atento, venerando e obrigado, cá me apresento de novo ao serviço.
Há, no entanto, uma pergunta que no início de cada ano radiofónico eu faço a mim mesmo: será que os ouvintes que escutam as minhas crónicas ainda têm paciência para me aturar? Nunca tive resposta para esta minha dúvida, mas deixo aqui uma sugestão aos ouvintes, que é quase um pedido. Nesta época de petições por tudo e por nada, façam uma petição dirigida ao António Lúcio para que ele me despeça de vez.