Do Norte ao Sul: a urgência de uma coesão hídrica

Do Norte ao Sul: a urgência de uma coesão hídrica

A água é um recurso essencial para a vida e para o desenvolvimento socioeconómico. A sua importância é ainda mais evidente nas regiões onde a sua escassez é uma realidade constante. No sul de Portugal, particularmente no Alentejo e Algarve, a água é um bem escasso e precioso. As barragens frequentemente enfrentam níveis críticos, e a falta de chuva agrava uma situação já delicada, ameaçando a agricultura, a indústria, o turismo e a vida quotidiana das populações locais.

A criação de uma “autoestrada da água” entre o norte e o sul de Portugal surge como uma solução inovadora e necessária para enfrentar este desafio. O conceito envolve a construção de infraestruturas que permitam o transporte de água das regiões onde há abundância para aquelas onde há escassez, como o sul do país. Esta ideia não é apenas uma resposta técnica à falta de água, é também um símbolo de solidariedade nacional. Aproveitar o excesso de água das barragens do norte, que muitas vezes precisam de descarregar água para evitar transbordos, e redirecioná-la para o sul é uma forma de garantir uma distribuição mais equitativa deste recurso vital. Direcionar o desaproveitamento da água do Tejo para o Guadiana e, consequentemente, Alqueva, Roxo, Rocha, Santa Clara, Arade, Odeleite, etc, é decisivo.

A solidariedade entre as regiões é crucial neste contexto. O norte de Portugal, beneficiado por uma maior pluviosidade e abundância de rios e barragens, tem a oportunidade de apoiar o sul, onde a seca e a desertificação são ameaças reais. Este apoio não deve ser visto apenas como um gesto de caridade, mas como uma estratégia de coesão territorial que beneficia todo o país. Uma distribuição mais equitativa da água promove o desenvolvimento sustentável, evita a desertificação, e assegura que todas as regiões possam prosperar economicamente.

Esta ideia deve ser reforçada: a implementação de uma autoestrada da água entre o norte e o sul de Portugal é um projeto de solidariedade nacional e coesão territorial que tem o potencial de transformar a gestão dos recursos hídricos no país. É uma medida necessária para garantir que todos os portugueses, independentemente da região onde vivem, tenham acesso a este recurso essencial. O sucesso deste projeto dependerá da vontade política, do investimento financeiro e da colaboração entre as diferentes regiões, mas os benefícios serão imensuráveis para a sustentabilidade e desenvolvimento equilibrado de Portugal.

O deputado do PS eleito por Beja já levou este assunto à Assembleia da República questionando directamente o Ministro da Agricultura. Os outros deputados, não sei.

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Farmácia de serviço hoje na cidade de Beja

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