O Bloco de Esquerda de Beja denunciou, através de um comunicado de imprensa, a situação insustentável da mobilidade na cidade e no concelho.
Apesar das promessas do programa Polis de requalificar o trânsito e melhorar os transportes, o que se verificou foram obras mal planeadas, algumas mesmo a necessitar de correção, como os separadores da Avenida António Sardinha, que tiveram de ser rebaixados para permitir a passagem de ambulâncias e autocarros.
Segundo o Bloco de Esquerda, o reordenamento do trânsito complicou-os. “Já as chamadas “Urbanas” serviram essencialmente como medalha política do executivo de então, não contribuindo para uma verdadeira mobilidade na cidade e sendo mesmo um desperdício de recursos”.
A situação nas aldeias é igualmente grave. “Estas Urbanas só interessam realmente a uma aldeia – o Penedo Gordo. Por se recusar a ser freguesia e, assim, tecnicamente ser bairro da cidade, tem direito a Urbanas. Já aldeias como Santa Clara do Louredo ou Nossa Senhora das Neves, apesar de estarem mais próximas da cidade, não usufruem destes transportes por serem freguesias rurais”.
O Bloco de Esquerda considera urgente uma reestruturação profunda do transporte público no concelho de Beja, garantindo que todos os habitantes, urbanos ou rurais tenham acesso diário a serviços essenciais e a pontos de interesse do concelho.