“Os tais milhares de milhões que vêm da União Europeia provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) serão para o interior meros bagos de chumbo”. Esses valores “são maioritariamente direcionados para as áreas metropolitanas”.
As palavras são de Fernando Romba, comentador do programa “Visão dos Tempos” da Rádio Pax.
Fernando Romba entende que “o PRR tem algumas particularidades, uma das quais a obrigatoriedade da sua execução até 2026”.
“Para as pessoas que habitualmente têm conhecimento da aplicação dos fundos comunitários, nós todos ficamos um bocadinho reticentes e pouco confiantes na capacidade de execução total”, refere.
“Desengane-se” diz, “quem pensa que a culpa é dos políticos, porque a culpa é da máquina que está montada de pareceres e parecerezinhos e de autorizações, para que os projetos passem por várias entidades”. Esse processo “torna muito difícil a aprovação do projeto, quanto mais a sua execução”.
Para Fernando Romba, “um dos principais problemas do PRR é a capacidade de executar. Para isso é necessário ter já projetos feitos”.
O comentador refere ainda que “as grandes obras que se pedem” para a região, “não” são tão “fáceis como parece”.
O Visão dos Tempos regressa, na próxima terça-feira, dia 30 de março, com Alberto Matos.
