Agricultores pedem alívio de medidas para realização das debulhas

A FAABA- Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo, reconhece a “absoluta necessidade” de implementação de medidas que evitem a deflagração de fogos. Contudo, em carta aberta à Ministra da Agricultura, alerta para situações particulares que ocorrem e que deveriam ser consideradas nas exceções.

A Federação cita o caso do horário definido para a utilização das máquinas debulhadoras que se encontram em plena campanha de recolha de cereais.

Os agricultores propõem que “seja permitida a debulha normal dos cereais, exceto no período compreendido entre as 13 e 17 horas (período em que as temperaturas são mais elevadas) e em situações climáticas extremas em que tenha sido decretado o alerta vermelho para a região”.

No documento, lembram que “é normal fazer a debulha de cereais no Alentejo com temperaturas acima dos 30ºC, sendo que as zonas ocupadas por esta cultura situam-se em áreas desprovidas de coberto florestal, onde o risco de incêndio é diminuto”.

Outra situação que se está a verificar na região, e para a qual o despacho não dá a devida cobertura, tem a ver com a instalação de sistemas de rega, em que é necessária a utilização de retroescavadoras para abertura e fecho de valas.

“O impedimento destes trabalhos está a prejudicar não só os agricultores que necessitam de ter os sistemas instalados e prontos para a rega das plantas (na maioria dos casos já encomendadas), mas também as empresas de rega que estão impedidas de trabalhar”, assegura a FAABA.

Rui Garrido, presidente da Federação, apela à Ministra que tome medidas no sentido de aliviar algumas restrições que permitam a realização de colheitas e trabalhos agrícolas.