A FAABA – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo enviou, esta semana, uma carta à Ministra da Agricultura onde propõe que sejam tomadas medidas para a seca.
A FAABA quer que o governo faça o reconhecimento da situação de seca na região, “o que permitirá acesso aos instrumentos derrogatórios previstos na legislação, muito particularmente no PEPAC [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum]”.
Por outro lado, pretende que sejam definidos “apoios diretos aos animais e às culturas, como forma de garantir a manutenção da atividade agrícola e evitar uma escalada nos preços dos alimentos ao consumidor”.
A antecipação das ajudas de 2023, a autorização de pastoreio e corte de forragem nas superfícies de interesse ecológico, os apoios em sede fiscal como forma de reduzir impostos, nomeadamente a suspensão das contribuições à Segurança Social são outras das propostas apresentadas na missiva endereçada a Maria do Céu Antunes.
Os agricultores consideram ainda importante a manutenção do preço da água de Alqueva.
A Federação sublinha que “depois de um inverno com níveis de precipitação que faziam antever um bom ano agrícola, as temperaturas anormalmente altas e a escassez de chuva dos últimos meses, a somar aos danos provocados pela seca de 2022, estão a gerar uma situação de seca ainda mais grave. A perda total das pastagens, forragens e cereais é praticamente irreversível”.