O presidente da Câmara Municipal de Alvito, José Efigénio, lançou críticas às juntas de freguesia de Vila Nova da Baronia e de Alvito, por não cumprirem com as suas competências, o que, segundo o autarca, acaba por prejudicar diretamente as populações.
Apesar do reforço orçamental atribuído pela câmara às juntas e da disponibilização de dois funcionários (um para cada freguesia), José Efigénio denuncia que, ainda assim, continuam a existir falhas graves. “Nenhuma das juntas tinha, por exemplo, um funcionário com carta de condução, o que limita bastante a capacidade de intervenção local”, referiu.
O autarca sublinha que a relação institucional da câmara com as juntas tem sido, no geral, positiva, mas frisa que “nem sempre a resposta das juntas tem sido adequada” e que, muitas vezes, não são cumpridas as responsabilidades que lhes competem por lei.
Entre as áreas de competência das freguesias estão a manutenção de jardins e a reabilitação de parques infantis. No entanto, segundo José Efigénio, “nenhuma das juntas tem feito qualquer tipo de reabilitação”. Na prática, é a câmara municipal que acaba por assumir essas tarefas, para que as populações não fiquem desassistidas.
“O município está cá para colaborar e nunca se demite nas responsabilidades, sejam da câmara ou das juntas. Mas, realmente, estas (as Juntas de Freguesia) podiam, e deviam, colaborar muito mais”, afirma o presidente.
Também no setor cultural, a crítica mantém-se. Apesar do apoio logístico garantido pela autarquia, José Efigénio aponta que “muitas vezes as juntas não querem dar resposta a esse apoio, o que compromete a dinamização local”.
O autarca deixou claro que a câmara continuará a garantir os serviços essenciais, mas não esconde a frustração perante a falta de envolvimento das juntas de freguesia nas suas áreas de responsabilidade.