Numa nota enviada às redacções, a Comissão Dinamizadora do AMAlentejo esclarece que não defende a criação de “novas estruturas” mas a transferência das estruturas desconcentradas da administração central para o poder local (municípios e freguesias).
De acordo com o Movimento, “tentar confundir este objectivo claro e transparente atribuindo a AMAlentejo intenções e objectivos que não constam em nenhum dos seus documentos não é sério e só contribui para desviar a atenção do essencial, ou seja, da necessidade de uma política de descentralização que ponha termo ao centralismo que nos dirigiu nos últimos 40 anos à revelia da letra e espírito da Constituição da República e cujos resultados ruinosos estão à vista de todos”.
Este esclarecimento surge devido a dúvidas levantadas sobre os objectivos do Movimento.
José Soeiro, membro da Comissão Dinamizadora do Movimento, refere que o AMAlentejo não defende nenhum modelo de regionalização até porque esta matéria não está na ordem do dia.
“Misturar a legítima reivindicação deste ou daquele modelo de regionalização para o Alentejo ( ) com a necessidade e urgência da política de descentralização defendida por AMAlentejo só pode contribuir para dividir num momento em que a unidade de todas e todos os que amam o Alentejo é crucial para alcançar este objectivo estratégico”, sublinha a mesma Nota.
O Alentejo “precisa de unidade e coesão e não de divisões”, adianta José Soeiro, membro da Comissão Dinamizadora do AMAlentejo.
Para o Movimento só há duas opções: ou o Alentejo cria a Comunidade Regional do Alentejo dirigida pelo poder local como consta na Declaração de Tróia ou a região continua a ser dirigida e representada pelas estruturas desconcentradas da administração central, como aconteceu nos últimos 40 anos.