As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma redução das áreas de cereais.
De acordo com o INE, “as áreas de cereais de inverno deverão ser inferiores às da campanha anterior (-10% no trigo mole e -5% nos restantes cereais praganosos), consequência do prolongado período de escassa precipitação e de baixos teores de água no solo”.
Por outro lado, adianta a mesma fonte, “a incerteza provocada pela forte subida do preço dos meios de produção, contrariou o potencial investimento na produção de cereais” impulsionado pela tendência de aumento do preço.
Num cenário em que as questões relativas à autossuficiência e segurança alimentar adquirem uma importância crescente, dada a guerra na Ucrânia, “as previsões apontam para a menor área global de cereais de inverno para grão dos últimos cem anos (102 mil hectares)”, revela o INE.
O Instituto frisa, ainda, que o desenvolvimento das searas tem sido muito condicionado pela situação de seca meteorológica deste ano hidrológico.
As searas que foram semeadas mais tardiamente apresentam taxas de germinação baixas, devido à ausência de chuva nos meses de janeiro e fevereiro, sendo a situação muito preocupante em todo Alentejo e especialmente grave no Baixo Alentejo.