Este pedido, feito à Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Geral, está a gerar contestação junto dos autarcas de Almodôvar, Ourique e Odemira.
Segundo uma nota assinada pelos três presidentes de Câmara, a Associação do Barlavento Algarvio “escolheu o caminho de impor, contranatura, que o medronho nascido e produzido no Alentejo, seja Algarvio” sem que essa intenção tenha sido apresentada antes aos produtores, associações e municípios do Alentejo. Em causa está a produção de oito freguesias dos três concelhos. “Querem tornar o Alentejo numa zona ‘fornecedora’ do fruto para o medronho IGP Algarve” condicionando “decisivamente o processo em curso de dinamização da produção de aguardente de medronho no Alentejo, actualmente em curso”, lê-se na mesma nota.
A posição da DGADR também é alvo de contestação, uma vez que não foi aceite nenhuma relação de redução da proposta em causa. Almodôvar, Odemira e Ourique admitem ir “até às últimas instâncias na impugnação judicial” caso a proposta não seja revista.
António Bota, presidente da Câmara Municipal de Almodôvar, refere que o que está em causa não é a criação da IGP, mas sim o facto da denominação não incluir “Alentejo”.