O Governo aprovou hoje o decreto que reclassifica a igreja matriz de Castro Verde como monumento de interesse nacional, passando a ser denominada Basílica Real.
O decreto foi aprovado em reunião do Conselho de Ministros, que decorreu na manhã de hoje na cidade alentejana de Évora, no âmbito da iniciativa “Governo Mais Próximo”.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a Basílica Real de Castro Verde foi construída durante o reinado de D. Sebastião, em 1573, para relembrar “dignamente a ‘memorável vitória’ de D. Afonso Henriques na batalha de Ourique”.
O templo religioso acabou por ser reconstruído no século XVIII, por ordem de D. João V, tendo sido classificado, em 1993, como Imóvel de Interesse Público.
A proposta de reclassificação da Basílica Real de Castro Verde como monumento de interesse nacional foi apresentada, em 2021, pela Direção Regional de Cultura do Alentejo à Direção Geral do Património Cultural.
A igreja reabriu ao público e ao culto religioso no passado mês de março, depois de vários meses fechada para obras de restauro e requalificação.
Os trabalhos incluíram a requalificação do teto em madeira pintado, que custou 446 mil euros, verba comparticipada em 85% por fundos comunitários, através do Programa Operacional Regional Alentejo 2020.
Os restantes 15% do valor da empreitada, referentes à comparticipação nacional, foram assumidos pela empresa Somincor, concessionária das minas de Neves-Corvo (Castro Verde), ao abrigo da Lei do Mecenato.
Antes, em 2019, tiveram lugar trabalhos de limpeza manual do telhado, arranjo de portas e janelas, e pintura total do edifício, investimento superior a 65 mil euros comparticipado pela Câmara de Castro Verde, pela União de Freguesias de Castro Verde e Casével e pelo programa BEM – Beneficiação de Equipamentos Municipais, do Governo.
As obras de requalificação da Basílica Real de Castro Verde incluíram ainda a recuperação do coro alto e do nártex no interior do imóvel, que custou cerca de 50 mil euros.
Rádio Pax / Lusa