Beja continua sem oferta regular de cinema e o Alentejo surge como uma das regiões mais penalizadas pela falta de salas de exibição em Portugal, num contexto em que se multiplicam, em todo o país, os pedidos de encerramento e de desafetação destes espaços. Perante este cenário, o Governo avançou com a criação de um grupo de trabalho destinado a analisar o problema e a recolher contributos junto dos agentes do setor.
O grupo foi anunciado em novembro pela ministra da Cultura e reúne elementos da Inspeção-Geral das Atividades Culturais, do Instituto do Cinema e Audiovisual e do gabinete ministerial. A missão passa por identificar as causas da redução da oferta e preparar medidas concretas, enquadradas no Plano Estratégico para o Cinema e o Audiovisual 2024–2028.
Além de Beja, também Bragança e Portalegre não dispõem atualmente de uma oferta regular e diversificada de cinema. Em muitos concelhos do interior, a exibição cinematográfica acontece apenas de forma ocasional, em salas municipais.
Em 2025, existem em Portugal 565 salas de cinema, das quais apenas 41 se localizam no Alentejo. O Governo assegura que, em breve, serão anunciadas medidas para atenuar as desigualdades regionais no acesso ao cinema.