A candidatura do Bloco de Esquerda (BE) às autárquicas em Beja analisou as contas do município de Beja referentes a 2024 e conclui-se que “o grau de execução orçamental da despesa, ou seja, o que foi efetivamente executado foi de 65,19% – ainda menos dos 74,49% de 2023”.
Em nota enviada às redações o BE acrescenta que mesmo descontadas obrigações financeiras de médio-prazo, em 2024, registou-se um resultado líquido na ordem dos 2,9 milhões de euros.
De acordo com a mesma fonte, estes foram divididos em cerca de 146 mil euros para “reservas livres, isto é, sem estarem afetos a nenhum gasto futuro específico”, e cerca de 2,7 milhões de euros “para Resultados Transitados, uma espécie de almofada financeira”.
“Esta prática permanente é, na verdade, uma versão suave de austeridade – algo a que o PS nos tem habituado a nível nacional”, acrescenta.
“Na famosa lógica ‘das contas certas’, as necessidades sociais e económicas do concelho ficam sem resposta”, conclui o BE.
Para o Bloco, “a tendência deste executivo tem sido de não execução do que foi orçamentado para cada ano. Há um duplo ganho político: a promessa a cada ano de satisfazer as necessidades da população e, ao não as cumprir, conseguir transitar todos os anos saldos avolumados”.