O município reage assim às preocupações dos socialistas com o endividamento da autarquia.
Em comunicado enviado às redacções, o município frisa que é, na sub-região do Campo Branco, quem tem “a dívida mais pequena” na ordem dos 7 milhões de euros, em 2005, e de 2,5 milhões, em 2015.
A autarquia assegura que “metade deste valor é relativo aos empréstimos contraídos para a construção dos 16 fogos de habitação social e para a contrapartida nacional da construção do Lar de Santa Bárbara de Padrões, ocorridos em 2010/2012 (…)”.
O município de Castro Verde adianta ainda que “não recorreu nunca do Fundo de Apoio Municipal, que tem servido para ajudar muitos municípios a baixar a sua dívida” e acrescenta que nos dois últimos anos contribuiu com mais de 120 mil euros para esse fundo.
A Câmara conclui que não tem “qualquer hipótese de fazer ‘obra’ de alguma dimensão sem efectuar um empréstimo bancário ou obter um financiamento comunitário” devido às “despesas fixas”.
Em reacção a esta reacção, o PS de Castro Verde reafirma a sua preocupação e apresenta números da Direcção Geral das Autarquias Locais (DGAL). Segundo os socialistas, a dívida da Câmara à banca e a fornecedores era de 3,3 milhões de euros no final do ano passado. Se a este valor forem somados os dois últimos empréstimos, a dívida chega aos 5 milhões de euros.
Numa outra nota enviada esta tarde às redacções, a Câmara de Castro Verde reafirma que a dívida da Câmara Municipal a 31 de Dezembro de 2015 rondava os 2,6 milhões de euros. A autarquia acrescenta que “a ‘dívida’ inscrita nos mapas da DGAL – Direcção Geral das Autarquias Locais, habilidosamente utilizada pelo vereador António José Brito é, acima de tudo, um exercício contabilístico, que não corresponde a uma dívida efectiva”.
(notícia actualizada ás 15:05)