Cáritas em Beja apela aos empresários, instituições e comunidade em geral para que possam ajudar a dar resposta a pedidos de apoio aos imigrantes da região.
Cáritas Diocesana de Beja está, cada vez mais, com dificuldades em dar resposta às solicitações de ajuda que chegam diariamente à instituição. Isto numa altura em que as necessidades da comunidade imigrante têm vindo a aumentar.
São homens e mulheres a viver em condições de habitabilidade precária, em quartos sobrelotados, em condições sub-humanas. Muitos a viver na rua, em tendas que montam ao cair da noite e desmontam antes do romper do dia. Homens e mulheres sem emprego, sem dinheiro e sem alimentos.
São Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) como esta, que estão diariamente no terreno e tentam minimizar o que o Estado, na maioria das vezes, se coíbe de dar resposta.
A caso mais recente foi o de quarenta timorenses, sem trabalho e sem possibilidade de comprar alimentos que, de um dia para o outro, também ficaram sem casa para viver.
Através da Segurança Social, a Cáritas bejense foi chamada a encontrar uma resposta para esta situação. “É muito difícil porque não temos fontes de financiamento e os meios são cada vez mais escassos para tanta procura”, revelou, à Rádio Pax, o presidente da instituição.
Segundo Isaurindo Oliveira, para conseguir dar o mínimo de condições a estes imigrantes foi necessário outras instituições ajudarem. “O Instituto Politécnico de Beja (IPB) cedeu trinta beliches. Só que, agora não temos roupas para essas camas. Nem roupas nem produtos de higiene”, informa.
O responsável da Cáritas em Beja apela aos empresários, instituições e comunidade em geral para “quem quiser ajudar, que nos possa ajudar”.