O presidente da Cáritas Diocesana de Beja afirma que “há uma certa passividade” quanto à situação dos migrantes, indicando que existem “muitos casos de violação dos direitos humanos”, com tráfico humano e exploração laboral no setor agrícola.
“Principalmente no Alentejo, na zona de Beja, nos últimos cinco a seis anos, houve um ‘boom’ muito grande de chegada de mão de obra”, revela, Isaurindo Oliveira, referindo que os problemas com o acolhimento dos trabalhadores migrantes na agricultura são “de toda a ordem” e “de difícil solução”.
O responsável destaca o problema da habitação, em que a oferta é escassa no distrito de Beja, pelo que os migrantes ficam sujeitos a soluções “manobradas pelos angariadores de mão de obra”.
RD1 Isaurindo Oliveira
Quanto à falta de condições de habitação e de sobrelotação, o dirigente da organização humanitária considerou que, em Beja, “há uma certa passividade”, porque “toda a gente sabe que as condições de salubridade são escassas” assim como “as condições de segurança, mas depois as pessoas têm de viver”.
Sobre a falta de resposta para os problemas identificados, Isaurindo Oliveira referiu que “é muita gente e os meios que há de controlo são escassos”, e “o próprio SEF diz que estas empresas que fazem isto andam vários anos há frente da fiscalização”.
Rádio Pax/ Lusa