A CDU de Beja contesta o aumento da fatura da água em 7%, previsto para 2013.
Os vereadores da CDU na Câmara Municipal de Beja votaram contra a proposta “porque consideram que numa conjuntura tão difícil como a que atravessamos e num momento em que as famílias e as micro, pequenas e médias empresas estão a sofrer com o aumento brutal generalizado do custo de vida e a redução do poder de compra, estes tarifários não deveriam ser atualizados”.
Defende a CDU que a Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMAS) e a Câmara de Beja “deveriam dar um sinal de apoio, sobretudo a quem mais precisa, ajudando a mitigar os efeitos desta crise que se perspetiva acentuar-se em 2023”.
Os comunistas citam dados da ERSAR – Entidade Reguladora de Águas e Resíduos e da DECO, para sublinharem que “o concelho de Beja integra a lista dos concelhos do país onde o custo global da fatura de água, que inclui a componente de saneamento e Tarifa de Resíduos Sólidos Urbanos (indexadas ao valor da água) é mais elevado”.
Rui Eugénio, vereador da CDU na Câmara de Beja frisa que este aumento vai dificultar ainda mais a vida das pessoas e das empresas.
Rui Marreiros, vice-presidente da Câmara de Beja acusa a CDU de usar a água para “chicana política”. O autarca realça que a tarifa social automática atribui um desconto de 50%, o que salvaguarda quem tem mais dificuldades. O crescimento dos custos obriga a este aumento, realça Rui Marreiros. O vice-presidente da Câmara de Beja reafirma que o aumento de 7% representa um agravamento na fatura mensal da água de 1,78 euros para a larga maioria dos munícipes.