A CDU, no âmbito da campanha eleitoral, realizou, na semana passada, em Moura, uma audição pública sobre o sector da saúde.
A iniciativa contou com a participação de João Ramos, enfermeiro e membro da Direção Regional de Beja do PCP (DORBE), Bernardo Loff, médico, membro do Executivo da DORBE e João Dias, candidato da CDU no círculo eleitoral de Beja.
De acordo com a nota enviada às redações, “a falta de investimentos em infraestruturas e equipamentos, quer na incapacidade de valorização, quer na atração de profissionais de saúde” foram algumas das preocupações manifestadas na audição.
Segundo os comunistas, “um problema agravado com o facto de cerca de 40% do orçamento para a saúde ser utilizado para pagar a privados”.
Nesse sentido, justificam que “a intervenção do PCP na Assembleia da República e a recusa do Governo do PS em alterar esta situação, determinou mesmo o voto das forças políticas que compõem a CDU, PCP e PEV, contra o orçamento do Estado para 2020.
A CDU considera, ainda, que as políticas do PS e do PSD/CDS tiveram nos serviços de saúde da região marcados reflexos, como por exemplo, a retirada do hospital de Serpa da esfera pública, que atravessa hoje graves dificuldades no funcionamento das suas unidades e a não concretização da segunda fase do Hospital de Beja.
Outra preocupação apontada é o facto de o distrito de Beja ser o único do país sem ressonância magnética. Acrescentam que “este equipamento é anunciado a cada ciclo eleitoral, mas continua sem concretização”.
A CDU entende que “é, não só, possível como necessário ultrapassar estas dificuldades e, para isso, diz ser “preciso uma política alternativa, que para ser implementada precisa de um reforço da CDU em votos e em deputados”.