O Centro de Arqueologia e Artes de Beja, composto por um edifício e uma zona anexa, onde foram descobertos vestígios do antigo fórum romano, abre ao público, neste sábado, após um investimento de quase três milhões de euros.
“É um espaço com rés-do-chão, primeiro e segundo andares” e que, além disso, dispõe “de um espaço em anexo onde existem até escavações arqueológicas”, explica a Câmara de Beja.
A mesma fonte indicou que o Centro de Arqueologia e Artes, cuja “obra terminou e foi entregue em janeiro de 2019”, embora só agora abra ao público, custou “cerca de três milhões de euros” e foi financiado através do Fundo JESSICA Portugal.
A abertura do novo espaço é assinalada, com uma cerimónia protocolar, hoje, às 11:00, com a inauguração da exposição “Cangiante – a partir da Coleção da Caixa Geral de Depósitos”, promovida pela Culturgest e pelo município.
A mostra pode ser visitada pelo público, neste sábado, de forma gratuita, a partir das 15:00 horas.
A exposição, com curadoria de Antónia Gaeta, vai apresentar obras de mais de 30 artistas, divulgou a autarquia que podem ser visitadas no segundo piso do novo equipamento municipal.
Por enquanto, “ainda não existe projeto de musealização” concluído para o novo Centro, mas o que o executivo pretende é que o segundo andar sirva, precisamente, para “acolher as mostras temporárias” e seja dedicado “à arte contemporânea”, adiantou a fonte.
Quanto ao primeiro piso, a intenção passa por aí instalar “um museu da história da cidade de Beja, com uma exposição permanente”, na qual não vão estar representados “os períodos da Idade do Ferro e do Bronze”, cujos vestígios já podem ser apreciados num espaço próprio, o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano.
“O rés-do-chão do centro fica reservado para a parte arqueológica”, com a exposição de “peças do espólio do depósito municipal”, a que se junta “o espaço em anexo das escavações”, acrescentou, frisando que a câmara pretende “dinamizar todo este equipamento multifuncional” através de “exposições temporárias e permanentes”.
O Centro de Arqueologia e Artes de Beja, um projeto que já atravessou diversos mandatos, da CDU e do PS, nasce num quarteirão junto à Praça da República, na zona onde antes funcionavam os serviços técnicos do município.
O edifício do departamento técnico da câmara foi demolido após um incêndio, em 2008, tendo sido construído um outro.
A área foi alvo de escavações arqueológicas, tendo sido achados e postos a descoberto vestígios arqueológicos do antigo fórum romano de Beja – como um templo romano do século I d.C., que é “o maior” de Portugal e “um dos maiores” da península Ibérica – e da Casa da Moeda, do século XVI.
Rádio Pax/ Lusa