As taxas de ocupação de unidades hoteleiras do Alentejo, na passagem de ano, vão ser inferiores às expetativas de quase lotação, devido às novas medidas de controlo da Covid-19.
A afirmação é de Vítor Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo/ Ribatejo.
Segundo o responsável, “havia zonas, nomeadamente, o litoral alentejano”, onde unidades hoteleiras estavam “esgotadas ou quase esgotadas” para esta altura, mas, agora, as taxas de ocupação na região, mesmo no turismo rural, “vão ser inferiores às esperadas”.
Os restaurantes da região com jantares e festas de passagem de ano programados, também, estão a registar “descidas no número de reservas”, acrescentou.
Segundo Vítor Silva, a obrigatoriedade de teste negativo à covid-19 para aceder a unidades turísticas e a restaurantes, vai “afetar” as taxas de ocupação e as lotações de festas, sobretudo, porque “muitas pessoas estão com dificuldades em conseguir fazer testes”.
O responsável explica que o aumento da exigência das medidas, bem como, o receio das pessoas em contraírem a doença fez com que as algumas reservas fossem canceladas.
Na cidade de Beja, o BejaParque Hotel anulou a festa de passagem de ano e os pacotes de alojamento associados, porque teve “muito menos procura” em relação a outros anos e houve cancelamentos de reservas “à medida que a situação pandémica se foi agravando”, disse o dono da unidade hoteleira, João Rosa.
O hotel também teve “algum receio” de realizar a festa, devido “ao risco mais elevado” de contágio do vírus que provoca a Covid-19, pelo que a taxa de ocupação no período de passagem de ano “é muito baixa”.
Segundo João Rosa, também presidente da Associação do Comércio, Serviços e Turismo do Distrito de Beja, o panorama é semelhante noutros hotéis da região e do resto do país, onde, “nos últimos dias, tem havido muitos cancelamentos de última hora”.
Rádio Pax/ Lusa