Os Colectivos do Partido Ecologista Os Verdes (PEV) dos três distritos do Alentejo (Portalegre, Évora e Beja) vêm, em nota de imprensa, afirmar que “estão muito preocupados com a possibilidade de a propagação do Coronavirús no Alentejo não ter sido, até agora devidamente detectada e da situação não ser tão optimista […]”. “A realidade pode ser bem diferente”, lê-se.
No documento o PEV explica que “o que acontece, é que os hospitais daqueles distritos, […] não tendo meios para fazer as análises “in loco”, estavam, dependentes, em caso de suspeita, de submeter o pedido para validação prévia das análises, através da LAM (Linha de Apoio ao Médico)”.
O Partido receia que “este procedimento frágil e moroso, tenha contribuído para atrasar a detecção de casos de contágio existentes e contribuído para a propagação do vírus”.
Esta situação foi alterada esta semana “através da emanação de uma Norma da Direcção Geral da Saúde, que levanta a barreira da «validação prévia» e que deixa autonomia local para fazer as análises e dar-lhes o devido encaminhamento para o Instituto Ricardo Jorge, o que vai permitir, agora sim, uma detecção real dos casos”, refere o documento.
A Norma dá, também, novas orientações para estes hospitais se “prepararem para o que aí vem, através de Planos específicos.
“Acresce a estas preocupações a falta de profissionais de Saúde nos hospitais do Alentejo, já bem conhecida, mas que perante esta pandemia se torna ainda mais gravosa”, conclui.
Recorde-se que a DGS anunciou, hoje, os primeiros dois casos positivos na região do Alentejo.