Os trabalhos arqueológicos na Praça da República, em Serpa, terminaram no final da semana passada.
Em curso, encontra-se ainda a reposição de pavimento.
Em nota de imprensa enviada às redações, o Município de Serpa frisa que “foram intervencionados dois silos do período islâmico e detetados outros dois, que foram devidamente registados”.
A autarquia revela que “os silos foram escavados na rocha branda e utilizados para armazenamento de cereais, sendo posteriormente entulhados. A escavação arqueológica revelou poucos materiais no seu interior, essencialmente fragmentos de cerâmicas de construção como tijolos e telhas, mas também algumas cerâmicas vidradas do período islâmico, bem como artefactos de época romana, ossos de animais (restos de alimentação) e pregos em ferro”.
A mesma fonte salienta que “durante a época islâmica, Serpa encontrava-se rodeada por uma fortificação em taipa, subsistindo algumas partes sob a Torre da Horta e um troço da muralha entre a Rua da Barbacã e a Torre do Relógio” e que “a descoberta deste conjunto de silos revela mais alguns dados sobre um importante período da história de Serpa, ainda mal conhecido, e que pode indicar que a atual zona da Praça da República era utilizada como área de celeiro, em espaço exterior à fortificação islâmica”.
Esta ação decorreu no seguimento do acompanhamento arqueológico do projeto de criação de fontes na Praça da República em 2022.