Há uns dias atrás, um amigo meu autarca dizia-me que a minha análise e visão da política já não se enquadravam com a realidade atual, a política tinha mudado, afirmou. Passado o choque inicial da constatação e ponderada a crítica legítima, não posso concordar com ele.
A POLITIKÉ – termo grego que significava governo da cidade para o bem comum de todos os cidadãos – NÃO MUDOU!
O que certamente mudou é a forma como valorizamos a Politica e o escrutínio que fazemos dos Políticos. O bem comum de todos os cidadãos deve manter-se como o objetivo principal a atingir para todos aqueles, mulheres e homens, que se dedicam à política, “à coisa pública”.
O escrutínio, por sua vez, este realmente mudou. A forma de olharmos e analisarmos os políticos e os seus atos alterou-se aos longos dos anos e passámos do ESCRUTÍNIO POLÍTICO para O ESCRUTÍNIO PESSOAL.
Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja, é para mim um “Caso de Estudo” que talvez nos ajude a entender os tempos estranhos a que porventura assistimos.
Paulo Arsénio é militante do PS há mais de 30 anos, dedicando-se, desde então, a trabalhar politicamente pelo progresso e desenvolvimento do concelho de Beja e da sua região, o Baixo Alentejo. Foi cimentando a sua experiência política e de cidadania nos órgãos partidários e na autarquia de Beja. Durante muitos anos, exerceu funções de deputado na Assembleia da República, na assembleia municipal, foi vereador não executivo na câmara municipal e por fim, eleito presidente da autarquia, em 2017. Quem o conhece sabe da sua paixão pelo município e pela cidade de Beja.
Durante os 8 anos dos seus dois mandatos cometeu erros, com o consequente desgaste político, mas soube RECUPERAR, VALORIZAR E PROMOVER muitos projetos, permitindo um desenvolvimento efetivo do concelho de Beja. Alguns exemplos de obras realizadas: o Mercado Municipal, as Piscinas Cobertas e Descobertas, a Praia 5 Reis, aumentos substanciais nos apoios financeiros às freguesias, às associações culturais e desportivas, o Museu Rainha Leonor, o Parque Escolar, a Ciência – Edifício Cebal -, as Acessibilidades e Arruamentos em todo o concelho, Escolas e Parques Infantis, Medidas Sociais importantes, reforço da Higiene Urbana e tantos outros projetos, pequenos e médios, de valorização e recuperação do património na cidade e nas freguesias.
Esta longa passagem pelo exercício de funções públicas, mais de 30 anos, permitiu-lhe fomentar uma enorme notoriedade no seu concelho e ser reconhecido como uma pessoa íntegra, honesta, séria e dedicada aos desafios que abraça. Ou seja, no ESCRUTÍNIO POLÍTICO, tudo o que o povo pede aos seus representantes políticos.
No entanto e curiosamente, temos assistido ao aumento das críticas, de forma crescente nos últimos dois anos, à liderança de Paulo Arsénio. Embora sempre legítimas em democracia, as criticas dos vereadores das oposições partidárias e de alguns setores da população, não duvidam ou colocam em causa a sua seriedade, honestidade, humildade, integridade ou dedicação, nem sequer questionam a evidente obra realizada, mas sim a “maneira de ser” do Paulo Arsénio.
Deixaram de fazer um ESCRUTÍNIO POLÍTICO e passaram a fazer um ESCRUTÍNIO PESSOAL.
Quais as razões, o que mudou, como se explica?
“ Cidadãos regrediram à condição de Seguidores”, Lídia Jorge – 10 de junho de 25 –
A afirmação de Lídia Jorge resume bem, com a eficácia do talento, a transformação a que estamos a assistir. As múltiplas opiniões, outrora expressas em tascas, transportes públicos e bancas de mercado, encontraram espaço e enorme repercussão na palma da nossa mão, à distância de um OK ou de um Clique. Criaram-se Blogues, Páginas de Facebook, Instagram, Telegram ou Tik Toks, sem qualquer fiscalização ou regras, a não ser a caça aos GOSTOS, os denominados LIKES.
Criticamos, condenamos, opinamos, sem qualquer critério, sem contraditório, de forma superficial, mas sobretudo realçando aspetos que possam incentivar o ódio, a inveja e a raiva do outro, seja qual for o OUTRO, não interessa, apenas os Likes vêm provar, com total regozijo e certeza, a nossa intransigência, intolerância e ausência de humanismo.
Como cidadão, recuso-me entregar um dos bens mais preciosos que a liberdade me deu, o meu voto, a quem não valoriza a democracia, a quem não se interessa pelas consequências dos seus atos ou das suas palavras apenas porque sabe que poderá ir beneficiar de alguns votos de quem apenas valoriza o escrutínio pessoal dos candidatos.
O direito de escolher pelo voto tem inerente o dever de um escrutínio político, a obrigação de uma análise à idoneidade dos candidatos e das propostas que apresentam, ao seu passado e à capacidade e seriedade que transmitem para realizar o que se propõem.
Eu Sou Paulo Arsénio porque é uma pessoa séria, transparente e com uma visão para o concelho de Beja.
Eu Sou Paulo Arsénio porque é uma pessoa íntegra e honesta, sem rancores, com o objetivo sincero de servir o concelho e as suas gentes. É assim, desde sempre!
Vou Votar no Paulo Arsénio porque sei que vai dignificar e honrar a POLITIKÉ, sei que vai governar a cidade para o bem comum de todos os cidadãos.
Vou Votar no Paulo Arsénio pois admiro que, apesar de todas as humilhações e em todas as avaliações que faz dos adversários políticos, o escrutínio dele é sempre um ESCRUTÍNIO POLÍTICO.